As letras fogem entre os acordes monossílabos da melancolia proveniente das vicissitudes triviais dum mero escritor e os beijos de uma borboleta que se faz humana para amar o olhar como a morte ama o violoncelista. A viagem parou e tudo se tornou real. O homem quis saber a minha validade e eu voltei a ver tudo direito. Mas depois cai e voltei a ouvir os violinos. A melodia ia crescendo e a borboleta começa a voar. Um homem com roupas de fada espalha a palavra, diz-nos que os nossos demónios, no final, são os nossos melhores amigos. Somos nós que não queremos ver que já estamos no nosso último acto. Fazemos banquetes para as despedidas, ilustramos a nossa dor, pintamos as nossas lágrimas, cantamos com vozes desgarradas sem pensar em falar amanhã. Aceitamos o fim do percurso. À medida que andamos, sentimos a partida já distante e vemos a meta apenas a dois passos. Assim esquecemo-nos da viagem, não aceitamos o azul, só procuramos o medo da explicação.
No final só perguntámos, Está bom para ti.
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