segunda-feira, 19 de abril de 2010

sem título #3

Eu não sei da beleza nem da arte
Não sei de homero nem das pessoas
Não vi a lua, nem sonho com marte
Ainda temo os pássaros e as lagoas
Mas, se soubesse dos cantos, faria das palavras a mais bela canção de amor.

Eu já não conheço a alegria nem a dor
Nos pés tenho as marcas do sol
Nas mãos tenho romances por contar
Nos olhos, números por saber
E na mente, dias por lembrar
Mas, se soubesse escrever, cantava-te uma canção de amor.

sábado, 17 de abril de 2010

cartas perdidas: o cativo

O meu querido amigo Almada - por quem guardo os mais simpáticos e respeitosos sentimentos e dirigo muitos dos meus escritos - tinha, e ainda tem, por hábito enviar-me algumas cartas com palavras que provavelmente nem ele entende. Obviamente, quando se fala de amor, poucos são os que conseguem.

Ele não se rege pelas nossas regras.
Nada sabe do sentimento alheio.
O teu amor perturba-o.
Odeia ver-te escravo dele.
Ele vive numa busca desesperada de vale em vale,
à procura de amar quem não o ama.
E sofre com isso.
E vive nisso.
E odeia-se por isso.
Ele não se rege pelas nossas regras.


Hoje sou eu quem diz com toda a certeza, O amor é um jogo, do qual as regras ninguém nos ensinou.



Continuamos a perder

sexta-feira, 9 de abril de 2010

cartas perdidas: o meu livro amigo

Na minha estante tinha uma edição antiga de "O Amor nos Tempos de Cólera". Na ultima pagina tinha escrito:

Quando se acaba de ler um livro, fica-se-nos um vazio. Como se um amigo com quem por longos periodos partilhamos segredos, vivencias e ensinamentos tivesse partido para parte incerta.

A., totally

Sim, tinhas razão. A minha estante está cheia de amigos que já partiram.

cartas perdidas

Hoje encontrei algumas cartas antigas, minhas e tuas, que te roubei, que me devolveste, que nunca te enviei, onde te menti e disse verdades a mais.
Ainda não sei por onde começar.