Numa quarta feira, como tantas outras, cheguei a casa e tinha à minha espera um elefante e um isqueiro. Dentro desse elefante havia uma carta.
Vou partir mais uma vez. Mas antes disso, quero devolver-te o teu isqueiro. Junto com ele, envio outras coisas, como a conta do café. Acho que por esta altura já me deves o suficiente para comprar um carro. Mas agora num tom mais sério, tenho imensa pena de não te ter encontrado. Mais uma vez, fui à tua procura e não te encontrei. Podias me ter fotografado pela última vez naquela casa, mas pensando bem, já me fotografaste tantas vezes que já me perpetuaste lá.
Deixei tudo com a tua mãe. A tua mãe. E o cheiro da tua casa. Minha mãe e minha casa.
Obrigado. Também vou sentir a tua falta.
"Totally", A.
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