domingo, 17 de julho de 2011

Os teus lábios são os meus lábios. O teu corpo é o meu corpo.

Avançam sobre a relva com passos furtivos, se bem que com a segurança que lhes é devida, a de não serem perturbados. A corrente da alma escoa-se naquela direcção; não podem fazer outra coisa senão partir, deixando-me a sós. A escuridão envolveu-lhes os corpos; que canto estarei a ouvir; o do mocho, o do rouxinol, ou o da carriça?


Caiu um peso na noite, o que a fez afundar. As árvores parecem maiores devido a uma sombra que não é a que lhes está atrás. Ouço os ruídos que me chegam de um cidade cercada, quando os turcos estão esfomeados e de mau humor. Ouço-os gritar num tom agudo.


Tudo parece estar vivo. Esta noite não consigo ouvir morte em parte alguma.

Sem comentários:

Enviar um comentário