Escravo me fizeram os meus inimigos. Beberam do nosso vinho, e fuderam as nossas mulheres. Agora remamos rumo a suas terras, terras malditas que tanto cobiçamos, que serão nossa prisão doravante. Cárcere maldita. Vomito as minhas entranhas e o fel que me deram para sustento do corpo, que a alma, essa, insustentável está. Esfiou-se em farrapos. Cheira a merda, e a podridão e a fome e a morte. As feridas do chicote com que nos incitam escorrem seu sangue para meio da imundice. Preferia morrer, Maria. A morte a isto.
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