Uma vez li uma frase de um escritor francês do qual não me lembro do nome, o homem dissipa a sua angústia inventando ou adaptando desgraças imaginárias. Nunca percebi o seu significado, simplesmente sempre achei que era algo bonito para dizer em alturas de pouca inspiração. Como hoje. Mas hoje nem há angústia. Apenas o vazio. E foi neste vazio que encontrei a solução para uma antiga questão, onde posso encontrar o homem perfeito. Numa fase inicial, procurei-o nas ruas, em velhos escritos, em retratos sujos a preto e branco, até dentro de mim. Nada, não encontrei nada.
Sempre tive este estranho vício de criar pessoas mais trágicas que eu, ainda mais falhadas, traídas pelo destino, tal como eu. Até o dia em que conheci o homem que sempre quis criar, eloquente, atraente, sério e talentoso. Ali estava ele, com vinte anos, loiro, de olhos castanhos, mais profundos que o mar e mais quente que o sol. O sorriso dele, era perfeito, sincero. Ele era quem eu queria ser, mas ninguém é quem queria ser. Tentei prendê-lo às minhas folhas mas não consegui. (ainda bem que alguém o prendeu aos seus braços). Ele se calhar não é o homem perfeito, mas sei que é um bom homem. Espero sempre ver aquele brilho no olhar.
Se um dia ele passar pelo mesmo caminho que eu, que encontre um rapaz de rosto rosado que lhe solte um sorriso. o homem dissipa a sua angústia inventando ou adaptando desgraças imaginárias, disse Raymond Queneau, mas talvez seja mais fácil, por vezes, dissipar as angústias inventando histórias de amor, como as que eu vos quero escrever.
(és sortudo por o teres, e ele a ti)
Sempre tive este estranho vício de criar pessoas mais trágicas que eu, ainda mais falhadas, traídas pelo destino, tal como eu. Até o dia em que conheci o homem que sempre quis criar, eloquente, atraente, sério e talentoso. Ali estava ele, com vinte anos, loiro, de olhos castanhos, mais profundos que o mar e mais quente que o sol. O sorriso dele, era perfeito, sincero. Ele era quem eu queria ser, mas ninguém é quem queria ser. Tentei prendê-lo às minhas folhas mas não consegui. (ainda bem que alguém o prendeu aos seus braços). Ele se calhar não é o homem perfeito, mas sei que é um bom homem. Espero sempre ver aquele brilho no olhar.
Se um dia ele passar pelo mesmo caminho que eu, que encontre um rapaz de rosto rosado que lhe solte um sorriso. o homem dissipa a sua angústia inventando ou adaptando desgraças imaginárias, disse Raymond Queneau, mas talvez seja mais fácil, por vezes, dissipar as angústias inventando histórias de amor, como as que eu vos quero escrever.
(és sortudo por o teres, e ele a ti)
Repito: gostava de ter essa facilidade com as palavras. Escusado será dizer que está maravilhosamente assombroso.
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