sábado, 18 de setembro de 2010

sonho número dois: alice

Esta distância cada vez mais me perturba. Custa-me que ainda ninguém perceba que tu está bem, assim como eu estou bem. Mas se ousar dizer que sei que tudo que eles dizem sobre ti é mentira, mandam-me para junto de ti. Como as paredes devem ser mais altas e mais apertadas. Sempre me imaginei como tu, presa, num tubinho de papel, sendo uma moeda a subir pelas paredes. Os casacos brancos com os quais eles te prendem, não servem mais que para te prender das mãos, para te impedirem de ver que ainda consegues controlar os teus sonhos. É isso que eles nos querem fazer, querem nos impedir de sonhar, de poder sonhar. Como eu sinto a tua falta.

Sempre que não atendes as chamadas, penso que encontraram os corpos.

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