Roubaste-me a idade, e fizeste-me só teu. Agora deixaste-me sair da tua penumbra. Eis-me aqui.
A rapariga tem os cabelos loiros, dourados pelo sol, quais campos de trigo ululando ao vento. Ele é mais novo e de aspecto franzino. Vieram a correr do lado do regato, e em frente ao meu alpendre se deixaram ficar. No desenrolar da conversa ela levanta-se e estende-lhe a mão, convidando-o a dançar. Os corpos deles juntam-se, e o rapaz ruboresce. Embalam numa dança trôpega, mas graciosa. Ela faz os possíveis para o ensinar, mas ele está mais preocupado em não parecer nervoso.
Depois deste quadro, meu caro César, a saudade de ti aumentou. Quantas vezes não acertamos o nosso ritmo, e por isso nos pisamos. Se nos fosse permitido ser criança novamente…
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