Fotografaste-me, e despiste-me. Puseste a cru todas as minhas fraquezas, e os meus vícios, e as minhas solidões, e as minhas angústias. Acto vil, o teu. Roubaste-me a alma, e perpetuaste-a nesse pedaço inerte de papel.
"Poesia", dizias tu. Sempre amei mais a prosa e o seu discurso directo, sem floreados de talha dourada.
Guardaste-a para ti, e prendeste-me a ti. Sou teu cativo.
Egoísta, porque de ti não tenho mais do que uma vaga lembrança.
Liberta-me.
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